Ludmila Lins Grilo
Politics • Culture • Law & Crime
Meu exílio nos Estados Unidos 🇺🇸
January 03, 2024
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Deixei meu amado Brasil em 2022.

Mantive tudo em segredo por mais de um ano.

Esse foi meu segundo réveillon nos Estados Unidos da América, a terra da liberdade onde eu escolhi viver, e que caridosamente me acolheu e me protegeu da ditadura que, miseravelmente, se instalou no meu país.

Passei todo esse tempo reorganizando minha vida, e chegou a hora de revelar o que aconteceu.

Sou, oficialmente, uma juíza brasileira em asilo político nos Estados Unidos.

Eu era uma juíza em atividade quando aportei em terras americanas. Em silêncio, continuei exercendo meu trabalho por videoconferência, cumprindo toda a agenda diária da vara criminal. Sofri calada todo tipo de difamação quanto à minha conduta profissional, pois ainda não podia revelar que eu não morava mais no Brasil.

No dia de meu afastamento do cargo, silenciei sobre minha condição de asilada política, pois eu ainda estava me documentando. Além disso, eu ainda tinha bens no país, e era necessário salvaguardá-los.

Toda essa trama envolvendo os atos persecutórios praticados pelo STF, mais especificamente por Alexandre de Moraes, assim como pelo CNJ e TJMG foi detalhadamente documentada e entregue às autoridades americanas.

Da mesma forma, narrei minuciosamente o desprezo que aqueles órgãos tiveram com a minha segurança física, e como eles, maliciosamente, utilizaram-se da minha situação de risco pessoal para atacar a minha honra.

Meus alunos e apoiadores não precisam mais se preocupar: a identidade de vocês não está mais acessível ao Brasil.

Já estou em contato com juristas e jornalistas americanos. Espero, daqui de fora, fazer o que vocês não podem mais fazer daí.

Cada conta de rede social que for bloqueda, cada ataque do STF, cada lawfare, cada ameaça, ainda que virtual, serão utilizados em meus processos nos EUA, e também serão entregues aos profissionais da mídia e da justiça estrangeiros que acompanham meu caso.

Todo aquele perseguido por ditaduras que escolhe permanecer no país é obrigado a colocar o rabinho entre as pernas e se calar para se proteger. Não é o meu caso. Contem comigo.

Que Deus salve nosso país desses tiranos de toga que tomaram de assalto nossa liberdade.

 

 

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Por que houve operação da Polícia Federal contra Carlos Bolsonaro

Ontem, Jair Bolsonaro fez uma live que colocou mais de 400 mil pessoas assistindo ao vivo, o que coloca Lula em situação constrangedora, já que, por falta de público, resolveu não fazer mais lives.

Esse seria o grande assunto de hoje, claro, mas Moraes foi rápido em arrumar a cortina de fumaça, disparando um mandado de busca e apreensão assinado às pressas, entre meia-noite e 6 da manhã, segundo informou Eduardo Bolsonaro.

O que pode ser mais constrangedor (e ilegal) do que um ministro agindo politicamente para prejudicar inimigos?

Assim, o sucesso de Bolsonaro perante o público, apesar de todo esforço midiático e da máquina pública, ficaria abafado, mas o povo já entendeu como funciona o regime. Não tem mais bobo aqui.

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Juíza livra a cara de Lula no caso da falsidade do sumiço dos móveis do Alvorada

Vamos analisar a decisão judicial proferida pela juíza Glaucia Barbosa Rizzo da Silva, do Juizado Especial Cível do Distrito Federal, que livrou Lula de ter de se retratar e indenizar Bolsonaro e Michelle por tê-los acusado falsamente de terem subtraído móveis do Palácio do Alvorada.

Por problemas técnicos, a live será transmitida no canal do TV Injustiça no YouTube: https://www.youtube.com/live/haQP5ljXuWc?si=L7JGc7kwTv5ED7wC

Alguém me pode esclarecer? Eu não sei os fatos, mas que o vídeo só iliba Bolsonaro, só iliba, pois ele disse que depois das eleições já não havia nada a fazer e que a população se ia revoltar e que isso ia dar problemas. Disse mais, disse que a violência não seria solução depois das eleições. Se ele disse que não havia nada a fazer é porque não havia nada a fazer. Por outro lado, o que ele disse que havia a fazer era falar e denunciar e cobrou isso dos ministros. Isso tem alguma coisa a ver com o golpe depois das eleições?

Eles até o podem incriminar (à maneira deles) pelo 7 de setembro mas pelo 8 de janeiro ou algo depois das eleições, por aquele vídeo, nunca. No entanto tudo parece bêbado e tira conclusões que não tem nada a ver com o apresentado. Parecem terraplanistas, mostram uma coisa e tiram conclusões que não tem nada a ver. Ou será que eu não entendi alguma coisa? Infelizmente, vejo as pessoas da direita a argumentar muito mal, também!

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O Ministério Público clandestino

A Advocacia-Geral da União está atuando como uma espécie de Ministério Público clandestino. Na falta de um PGR que tope tudo na perseguição alucinada aos desafetos do consórcio Lula-Moraes, Jorge Messias (o histórico office-boy da Dilma) resolveu pegar a atribuição do parquet para ele.

Assim, Alexandre de Moraes não precisa mais de Paulo Gonet para nada. O Ministério Público foi apequenado mesmo, reduzido a pó. Quem precisa de Paulo Gonet se há Jorge Messias pra fazer o serviço de acusador-geral da república?

Jorge Messias está usando a Advocacia-Geral da União para perseguir o jornalista Michael Shellenberger, que tornou públicos os arquivos do Twitter Files. Para tentar justificar essa atuação anômala, Messias lançou a desculpa esfarrapada de que a divulgação desses documentos prejudicam as investigações sobre o 8 de janeiro, tendo como interessada a União Federal.

Messias não explicou, contudo, como exatamente as investigações poderiam ser prejudicadas, já que a maior parte dos dados ali contidos se refere a posts que, além de serem anteriores ao 8 de janeiro, eram públicos. A única coisa que estava no segredinho era a censura mesmo (segredinho só para os gringos, claro, porque para nós brasileiros já estava mais do que claro).

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Big Brother Judicial – TSE, o assombroso tribunal que monitora o povo brasileiro

Qualquer um sabe (ou deveria saber) que tribunais não têm a função de monitorar ninguém. Tribunais têm funções típicas de julgar processos, e funções atípicas de exercer sua autoadministração. Só isso. Entretanto, na ditadura judicial brasileira, vários integrantes do Tribunal Superior Eleitoral acharam que era ok criar um departamento estilo soviético para monitorar pessoas nas redes sociais.

Um juiz de carreira (caso não seja um depravado moral, obviamente), sentir-se-ia bem desconfortável na função de polícia do pensamento, pois, no fundo, sabe que esse não é seu papel constitucional. Entretanto, para aquele tribunal, isso não foi um problema. Aliás, quando colocamos a lupa mais pra perto, vemos que ali, na verdade, não há juiz de carreira algum.

O Tribunal Superior Eleitoral é formado por 7 (sete) membros, sendo 3 (três) ministros do STF, dois ministros do STJ e dois juristas de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Presidente da República. Portanto, o TSE pode ser integramente formado por não juízes.

Atualmente, nenhum integrante do TSE é juiz de carreira, mas eles estão ali julgando assuntos de monumental importância para o país e criando departamentos soviéticos de monitoramento de pessoas. Eles costumam ficar magoados quando cidadãos pedem a extinção do órgão. Aliás, tudo bem se ficassem apenas ressentidos, mas parece que andam considerando essa opinião criminosa também.

Em 2019, logo no primeiro ano da ditadura judicial no Brasil, o TSE criou o “Programa Permanente de Enfrentamento à Desinformação”, instituído durante a presidência da Ministra Rosa Weber. O objetivo declarado de tal programa era “enfrentar os efeitos negativos provocados pela desinformação à imagem e à credibilidade da Justiça Eleitoral, à realização das eleições e aos atores envolvidos no pleito”.[i]

Parece ter escapado aos integrantes do TSE que o Judiciário não tem a função de enfrentar nada. Aquelas togas pretas estão confundindo as cabecinhas fracas dos juízes, fazendo-os se sentir uma espécie de super-heróis que vão salvar o mundo dos malvadões. Esqueceram-se completamente de suas funções constitucionais que, definitivamente, não englobam monitorar a internet para enfrentar nada.

Naquela época, o TSE divulgou em sua página que esse “programa de enfrentamento à desinformação” seria dividido em seis eixos temáticos: 1) Organização interna; 2) Alfabetização midiática e informacional; 3) Contenção à desinformação; 4) Identificação e checagem de desinformação; 5) Aperfeiçoamento do ordenamento jurídico; 6) Aperfeiçoamento dos recursos tecnológicos.

Desses eixos, três chamam a atenção pela evidente característica censora. O eixo da “alfabetização midiática e informacional” coloca o TSE como uma espécie de bedel do cidadão. Segundo o site, este eixo teria o objetivo de “capacitar as pessoas para identificar e checar uma desinformação, além de estimular a compreensão sobre o processo eleitoral”. Aliás, o termo “alfabetização informacional” é assustador, e demonstra bem o estágio da ditadura judicial brasileira, que considera ter o poder de reeducar o cidadão para que ele tenha as opiniões certas…

O eixo da “contenção à desinformação” é apresentado como a instituição de medidas concretas para desestimular a proliferação de informações falsas. Não está claro o que eles consideram como informações falsas e nem quais medidas seriam essas. Pelo menos até aqui, o que se tem visto é que eles consideram críticas e opiniões desfavoráveis como informações falsas. Eles não podiam dizer, mas as medidas concretas, como descobrimos depois, foram as de censura.

O eixo da “identificação e checagem de desinformação” aparece como a “busca do aperfeiçoamento e novos métodos de identificação de possíveis práticas de disseminação de conteúdos falaciosos”É uma forma bonita de descrever a atividade da Stasi do judiciário, atuando no monitoramento dos cidadãos brasileiros.

O Programa de Enfrentamento à Desinformação, criado em 2019 para as eleições 2020, acabou se tornando permanente em 2021, após a assinatura da Portaria TSE 510/2021, pelo então presidente do TSE, Luis Roberto Barroso.

No ano seguinte, em março de 2022, o TSE avançou na profissionalização da censura, criando a Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação, na gestão do ministro Luiz Edson Fachin. A assessoria é um componente chave do Programa de Enfrentamento à Desinformação. O assessor-chefe da pasta, Frederico Alvim, disse à época que “o maior objetivo do programa é intensificar o trabalho desenvolvido desde a última eleição para que a escolha dos eleitores por meio do voto seja legítima, sem interferência de campanhas difamatórias”.[ii]

Pelo que se pôde perceber nas eleições 2022, o TSE, embora dissesse estar preocupado com campanhas difamatórias que interferissem no pleito, não permitiu a divulgação de informações verdadeiras – porém desonrosas – sobre Lula, que diziam que ele mantinha ligações com os ditadores Maduro e Ortega), mas permitiu docilmente a disseminação de adjetivos difamatórios contra Jair Bolsonaro, indiscriminadamente chamado de “genocida”, mesmo nunca tendo participado de genocídio algum.

Um deputado opositor a Bolsonaro, André Janones, chegou a acusá-lo publicamente de pedofilia durante o período eleitoral, além de outras invenções, tendo o deputado, posteriormente, publicado um livro em que confessa ter postado diversas mentiras sobre Jair Bolsonaro para desestabilizar a candidatura deste. O TSE chegou a determinar que Janones apagasse algumas postagens, mas não se tem notícia de qualquer outra medida mais rigorosa aplicada contra o deputado mentiroso, sendo certo que seu perfil no X nunca sofreu qualquer bloqueio, como ocorreu com centenas de outras pessoas do espectro político da direita.

Em 12/03/2024, o TSE deu mais um passo na direção da censura, inaugurando o CIEDDE – Centro Integrado de Enfrentamento à Desinformação e Defesa da Democracia, sob a presidência do ditador Alexandre de Moraes. Houve uma cerimônia constrangedora, com a presença de outras autoridades e cobertura da imprensa militante. Ministra Carmem Lúcia e o Procurador-Geral da República, Paulo Gonet, estavam lá.

A logomarca do CIEDDE é evidentemente semelhante ao “olho do grande irmão”, da distopia 1984 de George Orwell. Não se sabe até que ponto essa semelhança foi uma triste coincidência ou um sarcasmo explícito.

O TSE não tem atribuição para criar um órgão dessa natureza, e basta consultarmos a Constituição e o Código Eleitoral para constatar isso. Observe que, enquanto ao particular é permitido fazer tudo aquilo que a lei não proíbe, ao agente público só é permitido fazer aquilo que a lei expressamente prevê. E não há qualquer previsão sobre monitoramento de cidadãos pelo TSE. Vejamos:

O artigo 121 da Constituição Federal diz que a competência do TSE deve ser definida por lei. Portanto, a Constituição delega à lei estipular o que o TSE pode fazer.

  Art. 121. Lei complementar disporá sobre a organização e competência dos tribunais, dos juízes de direito e das juntas eleitorais.

A lei em questão é o Código Eleitoral, que estabelece as competências do TSE nos artigos 22 e 23, que nada falam a respeito de competência para monitorar cidadãos. O TSE deve cuidar de registro de partidos políticos, crimes eleitorais, impugnações a candidaturas, criação e extinção de zonas eleitorais, fornecer respostas às consultas eleitorais, etc. Não há previsão legal permitindo ou determinando ao TSE que faça monitoramento de cidadãos em redes sociais, o que torna o CIEDDE um órgão ilegal.

Ademais, é evidente que não poderia mesmo o Poder Judiciário, por um departamento interno, agir de ofício como se fosse um promotor de justiça, apresentando o caso para que ele mesmo julgue.

O CIEDDE funciona como um investigador e acusador à margem da lei que o TSE criou para jamais voltar a ser escravo do princípio da inércia da jurisdição.


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O colaboracionismo das Forças Armadas Brasileiras com a ditadura judicial de Alexandre de Moraes

Em 17 de abril de 2024, em uma audiência na Câmara dos Deputados, o Deputado Marcel Van Hattem confrontou o Comandante do Exército, Gen. Tomás Paiva, sobre sua consulta com Moraes para tomar decisões relativas ao Exército Brasileiro. (aqui)

Lula da Silva promoveu o General Tomás Paiva ao auge de sua carreira militar no mesmo mês em que assumiu o cargo de Presidente da República (janeiro de 2023).

A imprensa relatou que o nome do Gen. Tomás Paiva foi recomendado a Lula por ALEXANDRE. Inicialmente, Lula havia escolhido outro General (Júlio César de Arruda), mas por algum motivo, o substituiu pela suposta escolha de Moraes alguns dias depois. Veja a notícia de Thaís Arbex, da CNN aqui.

No início de seu comando, a imprensa relatou (aqui) que o Gen. Tomás Paiva proibiu o pessoal militar brasileiro de realizar a celebração anual da contrarrevolução militar de 1964, que impediu uma tomada comunista no Brasil. Essa postura está alinhada com a ideologia de Lula.

Após a prisão arbitrária do Tenente Coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o Gen. Tomás Paiva afirmou que tudo foi feito dentro da lei, e que seu papel é cumprir decisões judiciais. Ele não parece muito preocupado com o fato de que as decisões são abusivas e inconstitucionais. (aqui)

Recentemente, a imprensa descobriu que o Gen. Tomás Paiva consultou Alexandre de Moraes sobre se deveria ou não nomear um general para o cargo de Chefe de Gabinete, e Alexandre respondeu que não havia problemas em nomeá-lo. (aqui)

Portanto, parece que o alto comando das Forças Armadas brasileiras está vergonhosamente submisso à ditadura de Alexandre de Moraes, o que, em última instância, constitui uma verdadeira traição à nação.

 

 
 
 
 
 
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