Sen. Eduardo Girão (Novo-CE) disse a Dino que ele mesmo se autotintitulou “Vingador”, comunista, e que se comportou desdenhando do Congresso Nacional.
Perguntou se Dino vai se declarar suspeito nos processos de adversários políticos.
Girão leu uma declaração de Dino em que ele dizia que quis ser juiz apenas como uma fase necessária para a ocupação de cargos políticos, e que “sempre soube que não seria juiz a vida inteira”.
Girão cobrou de Dino sobre uma declaração que deu no sentido de que não está havendo uma ditadura judicial no Brasil… e citou o caso de jornalistas com contas bancárias e de redes sociais bloqueadas até hoje.
Girão cobrou sobre o silêncio de Dino sobre as violações contra os presos do 8 de janeiro, e sobre a morte de Cleriston mesmo com parecer do MP pela liberdade.
Declarou expressamente voto contrário à Dino.
Perguntou a Gonet sobre o Inquérito do Fim do Mundo, que retirou prerrogativas do MPF agindo sem o parquet. “Qual sua opinião sobre esse inquérito? V.Exa. acredita que estamos em um Estado de Direito?”; “O Sr. poderia nos dizer quem é o titular da ação penal, o juiz pode abrir de ofício um inquérito? O processo pode correr sem o titular da ação penal?
“A operação Lava-Jato foi destroçada pelo STF. Como o Sr. vê esse absurdo desmonte, e como pretende enfrentar isso?”
Dino disse que a Força Nacional foi acionada e estava presente no 8 de janeiro. Disse que quem deu o poder de apreender passaportes, etc, ao STF foi o próprio Congresso Nacional.
Dino disse que as pessoas podem trocar de papel, assim como Romário já jogou no Flamengo e no Vasco, sendo perfeitamente possível a um juiz ir para a política e depois voltar a ser juiz.
Gonet disse que o titular da ação penal não tem a exclusividade da abertura de inquérito, mas sim, da ação penal. “É possível que o regimento interno de um tribunal diga que as investigações tenham início a partir das deliberações de um tribunal”.